sábado, 8 de agosto de 2009

Quanto custa um político no Brasil?


por Fred Linardi

O presidente recebe 12 mil reais de salário, enquanto deputados federais e senadores faturam 16,5 mil reais mensais para servir a pátria. Os políticos também contam com auxílio para alimentação, viagens e outras despesas pessoais, além de um orçamento para pagamento de assessores e manutenção de gabinete. A remuneração dos quase 600 parlamentares do Congresso Nacional vem de uma verba federal obtida a partir do pagamento de impostos, ou seja, do seu próprio bolso, caro (e)leitor. Para conferir se o seu dindin está sendo bem gasto, a ME cruzou dados sobre salários de governantes e legisladores brasileiros nas esferas municipal, estadual e federal e também comparou alguns valores caseiros com remunerações e despesas políticas de outros países. $:-)

PRECINHO POPULAR
Lula ganha bem menos que alguns colegas estrangeiros, mas nossos deputados custam mais para o povo

EUA
custo mensal de até R$ 316 mil cada

Brasil
custo mensal de até R$ 117 mil

Alemanha
custo mensal de até R$ 83 mil

França
custo mensal de até R$ 61 mil

Reino Unido
custo mensal de até R$ 58 mil

Chile
custo mensal de até R$ 45 mil

HOLERITE FEDERAL
Esta lista vale para deputados federais. Senadores têm mais verbas e custam até R$ 30 mil a mais

SALÁRIO R$ 16,5 mil (incluindo 13º, 14º e 15º salários)

VERBA INDENIZATÓRIA até R$ 15 mil (alimentação, segurança, combustível etc.)

AUXÍLIO-MORADIA R$ 3 mil

COTA POSTAL R$ 4 mil

VALE-TRANSPORTE AÉREO de R$ 4,7 mil a R$ 18,7 mil

VERBA DE GABINETE R$ 60 mil (pagamento de até 18 assessores)

TOTAL até R$ 117 mil/mês

ORDENADO PRESIDENCIAL
O primeiro-ministro Lee Hsien Loong, de Cingapura, é o líder mundial com o contracheque mensal mais generoso

Pelos valores da campanha eleitoral, Lula gastou R$ 1,96 por voto, em 2007. Obama gastou R$ 80, em 2009

Cingapura R$ 403 mil
EUA R$ 77 mil
França R$ 58 mil
Chile R$ 21,5 mil
Brasil R$ 12 mil

GOVERNADORES ESTADUAIS (dados de 2007)
O governador mais caro é o de Alagoas, bancado pela renda de 40,5 habitantes*

MAIOR SALÁRIO R$ 24,5 mil (Paraná)
MENOR SALÁRIO R$ 7,14 mil (Rio Grande do Sul)

PREFEITOS EM CAPITAIS (dados de 2007)
Macapá (AP) tem o prefeito mais caro, pois recebe a renda de quase 23 habitantes

MAIOR SALÁRIO R$ 23,9 mil (Curitiba (PR))
MENOR SALÁRIO R$ 8,4 mil (Florianópolis (SC))

VEREADORES EM CAPITAIS (dados de 2007)
São Paulo gasta mais de R$ 510 mil por mês, pagando o salário de 55 vereadores

MAIOR SALÁRIO R$ 9,5 mil (Campo Grande (MS))
MENOR SALÁRIO R$ 3 mil (Vitória (ES))

sábado, 9 de maio de 2009

Por que São Paulo ruiu



Denúncia

Por que São Paulo ruiu













Em 2009, completam-se 15 anos desde que o mesmo grupo político assumiu e vem mantendo o controle do Estado de São Paulo, o mais rico Estado da Federação brasileira, cujo PIB responde por 33,9% do PIB nacional - sem que, no entanto, o Estado abrigue mais do que 20% da população do país -, o que, em tese, deveria fazer dele um dos melhores Estados brasileiros para se viver devido à sua renda per capita mais alta.

Para explicar por que São Paulo ruiu, por que o Estado se tornou tão inabitável, tão perigoso, tão ruim para pessoas físicas e jurídicas que passou a perder investimentos, participação no PIB e a exibir indicadores sócio-econômicos entre os piores do país, como em qualidade da Educação (pública e privada), da Saúde ou da Segurança Pública, haverá que notar primeiro como se dá a fiscalização do poder público pela sociedade paulista.

A explicação para a grande depressão paulista dos últimos quinze anos reside num processo complexo. E, quando falo em grande depressão paulista, alguns tentarão negá-la - os aliados do grupo político responsável pelo descalabro paulista que teimam em se apresentar como analistas "isentos", ou seja, a imprensa de São Paulo e grande parte da imprensa brasileira, engajada no projeto político do conclave entre Fernando Henrique Cardoso e José Serra.

Não conseguirão negar, ao menos aqui, pois faço esta argumentação baseado num dado fácil de se verificar, e que, ao ser verificado pelo leitor que realmente busca os fatos, mostrará que tenho razão.

Poderia ficar mostrando estatísticas que comprovam a piora paulista nos últimos quinze anos, como as estatísticas sobre Segurança Pública, as quais, apesar das muitas acusações de manipulação pelo governo de São Paulo, ainda podem ser verificadas com facilidade.

A forma de apuração dos dados sobre Segurança Pública pela Secretaria de Estado responsável pela área, por exemplo, sofreu alguns "ajustes" bem malandros entre 1995 e hoje. Houve separação dos tipos de crimes de forma a apresentar dados fragmentados que impedem a verificação mais ampla da impressionante piora da Segurança neste Estado tão cheio de recursos.

Fiz os ajustes necessários para unir os dados estatísticos sobre os tipos de crimes com base em dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e encontrei o seguinte:



Tipo de crime 4º trimestre 1995 4º trimestre de 2008 variação

Contra a pessoa 98.491 119.711 21,54%

Contra o patrimônio 162.341 229.073 41,10%

Outros crimes 39.720 107.221 169,94%

Entorpecentes 4.004 8.345 108,42%

Total de crimes/delitos 304.556 464.350 52,47%



Vocês acham expressivo o percentual de 52,47% de aumento da criminalidade em São Paulo entre o 4º trimestre de 1995 e o de 2008? Pois eu acho que é ainda maior, pois não faltam acusações de manipulações dos dados da Segurança pelo governo do Estado.

Mas, se ficarmos apenas nas estatísticas oficiais, verificaremos que a criminalidade explodiu no Estado de São Paulo desde que o PSDB chegou ao poder.

O mesmo aconteceu com a Educação e com a Saúde públicas. Apesar de seu poderio econômico, São Paulo paga os piores salários a professores, a médicos, a policiais. Além disso, nas avaliações sobre a qualidade dos serviços de ensino e de assistência médico-hospitalar, os números paulistas são dos mais deprimentes.

Mas talvez o que mais choque em São Paulo seja o absurdo desempenho escolar dos alunos da rede pública de ensino. Ficamos atrás de Estados paupérrimos do Nordeste, em vários casos.

O que acontece com São Paulo é que a sociedade desse Estado não tem como fiscalizar o governo estadual e muito menos como pressioná-lo. A imprensa paulista está todinha comprada desde 1995.

Os sucessivos governos paulistas torram dinheiro público comprando livros escolares de baixíssima qualidade de uma Editora Abril ou torram o dinheiro do contribuinte comprando milhares de assinaturas da Folha de São Paulo ou do Estadão. Enquanto isso, as escolas municipais da coalizão tucano-pefelista economizam criminosamente na merenda escolar.

E onde está a imprensa? Desafio qualquer um a encontrar, neste ano inteiro, uma simples meia dúzia de críticas consistentes e destacadas da imprensa ao governador José Serra. Ninguém encontrará. Os governadores paulistas do PSDB vêm sendo poupados de fiscalização e de críticas da imprensa há quinze anos. A sociedade paulista não tem como fiscalizar e pressionar o Estado.

São Paulo ruiu por culpa da maioria de seu povo, em grande parte cúmplice desse processo ditatorial que vige no Estado, processo no qual o governo regional conta com censura a críticas pela imprensa. O conservadorismo majoritário em São Paulo não é inimigo apenas do resto do país, mas dos próprios paulistas, que pagam caro pela própria burrice preconceituosa e arrogante.
Escrito por Eduardo Guimarães às 11h38

sábado, 2 de maio de 2009

Organização


O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do poder executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. O parlamento brasileiro é bicameral: a Câmara e o Senado. Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a respeitar ao máximo as diferenças demográficas entre vinte e sete Unidades da Federação para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada.
Unidades federativas
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4 anos na Assembléia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são eleitos para a Câmara Municipal para igual período.
Poder Judiciário
Finalmente, há o Poder Judiciário [1], cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal [2], responsável por interpretar a Constituição Federal e composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indíviduos de renomado saber jurídico. A composição dos ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se aposenta ou vem a falecer.

Política do Brasil


O Brasil é uma república federal presidencialista, de regime democrático-representativo. É uma república porque o Chefe de Estado é eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus representantes nos órgãos legislativos, como também diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa legislativa popular. Isso acontece raramente, o que não caracteriza uma democracia representativa

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Palace II

Palace II ficou famoso por ser um edifício residencial brasileiro construído por Sérgio Naya que desabou em 22 de fevereiro de 1998. Diante do ocorrido, ficou comprovado que o edifício fora construído com material de péssima qualidade, como areia da praia, o que levou ao acidente, além de comprovado erro de cálculo nas vigas de sustentação.
Localizava-se na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.